Teias



Ousava a própria Ousadia
Movendo-se Fugidia
Escapando entre Dedos
De mãos que desconhecia
Contava-lhes Vidas
Envolta de Teias
As mesmas que Tecia
O mesmo íman gasto
Mas que todos Atraia
Era a Luz poente 
Que dos Céus Descia
Noite Húmida
Carente onde se Perdia
Era Rainha de Sombras
Passos de Onça
Peles que ninguém Via
A não ser a mesma
Tecelã Contínua
 Do mesmo Dia!

Sarah Moustafa

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