Cobardia
A voz da saudade muda, silenciada no pranto das lágrimas debulhadas, no eco da ausência ímpar, que dois corpos distantes revelam, na revelação da emoção.
Prosas extensas, escritas na sublimação da paixão, guardadas na almofada, entre o tecido e a cobardia perturbante de se manter no ninho misero da tristeza abundante.
Dificuldade atrofiante na locomoção dos membros enrijecidos, pelo tempo passado , no acanhamento da vontade latente de aproximação falhada, perdida na incapacidade de coragem valente na caminhada dos passos devidos, na estrada longínqua da verdade.
Cativeiro das palavras benditas, salvadoras no julgamento das almas penadas, perdidas nos refúgios do pesar imposto, pela fraqueza do ser em assumir o que quer, o que a voz regorjeia melancólica nos momentos desabados dos sentimentos fracturados, varridos para fora do quotidiano mas presentes no diário desventurado da fortuna escolhida, á medida da cobardia amarga de assim se deixar estar, de assim permanecer.
Inercia castradora que mata lentamente, na clausula da tortura que ambos assinaram no contracto das vidas separadas, desfragmentas na eternização do desgosto cravejado no coração.
Sarah Moustafa
Sarah, seria isso uma escolha ou uma obrigação?
ResponderEliminarAchei interessante esse trecho:
"Inercia castradora que mata lentamente"
Isso é uma realidade.
Muito boa a postagem.
Grande abraço
Manoel
ResponderEliminarUm escolha sempre Manoel!
Abraço!
Sarah,
ResponderEliminarÉ um texto profundo, triste e forte! Gostei da maneira de "clausula da tortura que ambos assinaram no contracto das vidas separadas". Pungente!
Abraço.
Obrigado Dulce!
ResponderEliminarAbraço!
Senti...tristeza profunda e saudade, muita saudade.
ResponderEliminarAbraço.
EliminarAna, o que sentiu sentiu bem!
Abraço!