Consagração
Reverencio o ser que aclama a tristeza, que camada a camada de consternação, retira das pétalas do desespero o viço do aprendizado , aceitando a tormenta , transformando-a no apaziguar, no alento do desalinho das emoções turbias, vagas nas sombras por onde pairam, ferranhas nas garras que rompem, sulcam, sangram o sangue da autenticidade.
A sentença da deterioração, ainda que revestida de temor, nada mais respeitante é, que senão a desconstrução do terreno que expecta nas delongas horas passadas, a demolição do imprestável para assim renascer das terras abençoadas, a verdade levantada, desterrada dos alicerces que sempre firmaram a fundação fiel aos propósitos do coração.
Consagro a tristeza não pelo negativismo pensado, embrulhado nas lágrimas das lastimas seguradas, mas a lúgubre, ténue percepção de que a tristeza, nos tristes caminhos, despoleta o surgir de um sentir intensamente arraigado, contemplativo nas profundezas do mar das emoções, que se de outra forma surgisse, jamais aceitaríamos, que na corrente que louva a importância sacra de nos deixarmos ir, para o que quer que seja, engrandecer a benesse de nos permitir.
Sarah Moustafa
Minha querida
ResponderEliminarUm belo texto cheio de força...certo que não nos podemos deixar ir na corrente, mas por vezes a vida nos leva.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
EliminarObrigado pelo simpático comentário!
Beijinhos*
Sarah
Eu que sou o leitor mais preguiçoso li 3 ou 4 dos seus textos e gostei muito deste, nos meus 30 minutos diários de reflexão tem dias que chego a conclusões parecidas com estas.
ResponderEliminarShiuuuu! descobri este blog porque vim espionar através doutro e fiquei curioso por ter visto Caldas da Rainha.
Continue a fazer o que gosta, é certamente meio caminho andado.
cumprimentos,
Ricardo