P.S - ( ... )
Tenho milhares de papéis soltos
Quis tanto que os lesses
Só a ti senti vontade de os mostrar, pioneiro,
Confiei .
Julguei que fosses capaz
Claro que tinham que acabar por ser cartas de amor
Agora sim , posso ser considerada poeta
Afinal só existimos numa pulsação romântica
O que é que faço com elas ?
Entrego-as ao mundo?
Escondo-as no lugar mais tenebroso e profundo?
Porque não as abres mas seguras cada envelope ?
Lacro-as, mas não confirmas mensagem recebida ,
Porquê ? Porquê? Porquê ?
Guardas -as na gaveta
Ou em qualquer outro lado que quiseres
E segue no trilho da vida
Eu não me importo com o final delas.
Só que precisam ser entregues.
É isso, são arranjos de palavras.
Elas só querem ser lidas.
Sarah Moustafa
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