Abecedário
Intoxico-me com sensações, com palavras sublinhadas nas profundidades dos meus vulcões
Procuro-as suicidas ou acrescentes de alguma vida e um sentido perdido nos turbilhões
Amanhecem -me húmidas as memórias que não tenho impressas e anoitecem geladas aquelas que me acontecem
Costuro remendos de tecidos inventados e sedas brancas do meu sangue sarapintado, estou viva !
E talvez a mágoa seja a única voz em que acredito no que ela me diga.
Sei que escrevo obsessivamente, as chuvas que não me caem no Inverno e as palavras próximas de um conforto materno, são tímidas Primaveras que me permitem sentir perto de quem sou inteiramente.
Se me intoxico multiplico-me nessa doença desdobrada, um abecedário de planos e línguas inventadas aos milhares de cantos no universo infiltrada.
Entardecem-me amenas as linguagens entre vidas cruzadas.
Sarah Moustafa
Olá! Gostei muito do teu blog. Adere ao meu ALRTE.BLOGPOT.PT. bj
ResponderEliminarOlá! Gostei muito dos teus poemas! Adere ao meu blog em ALRTE.BLOGSPOT.PT. Bj
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