Divagações







Eu não sei o que é. Eu não sei como se faz. Eu não sei como continuo sempre acreditar.
Sou a maior pessimista fundida numa fé inabalável, mesmo com todas e mais algumas provas em contrario, no sentido da vida e no sentido do amor.
As pessoas que se cruzam no meu caminho dizem-me sempre que é tão fácil falar comigo, no entanto é tão difícil falar-me de volta.
Eu sou a a maior céptica e a maior crente.
A mais amargurada e mais doce que se constrói mesmo na invenção.
Eu sou a mais controlada descontrolada
A pessoa mais feia e a mais bonita sempre á procura do nada, sempre obsessivamente a quer provar que é tudo. Que pode mesmo quando não pode mais.
Não sou nenhum anjo ou diabo, sou um um misto de ambos, um híbrido de intercâmbios da matéria que me pesa e é leve de alvorada em madrugada.
Não sei se sou extremista, masoquista ou musa das ideias vanguardistas... não me considero sentimental e sou a mais profunda romântica idealista. 
A mais exaustiva sugadora de emoções.
Sei lá o que é ou como se faz ...já pensei querer a paz, não a quero.
 Já fiz tudo para a resgatar para ela logo de seguida me abandonar.
Escrever é o meu equilíbrio desequilibrado.
 Não se enganem naquilo que me lêem e eu sou boa a enganar.... não tirem definições dos dedos transcritos que sangram apenas divagações...

Amar eu sei...que sou uma conjugação tua.
Eu continuo....
Eu acredito.


Sarah Moustafa



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