Recobro



O vazio instala-se.
Uma completa invasão de absolutamente nada.
Regride-me ao passado e ás muralhas erguidas
Ao momento em que o revés, voltou-nos ao contrário
Desafiou promessas, uma a uma, todas destruídas
Quanto tempo permaneceste petrificada?
Tens a resposta mas ela...
É demasiado dúbia e por isso ... Cala-se.

Mata-me, sempre mais um pouco
As dúvidas irrompem
Deflagram cruéis de espada em riste !
Precisam de sangue fresco
E que nesta lâmina que a carne nos rasgou
Jorre vida em sangue e nunca mais se separem !
Aperta o espartilho , rouba-me a verdade
Leva-me mais fundo
Para dentro do poço.

Quantas noites segredam a nossa história
Cara ou coroa
De que lado te perco ?
De que lado firmo vitória ?
Carrega o meu peso, alarga as minhas palavras
Alcança-as para onde não consigo
Guardei-as no regaço incandescente da fénix
Ela ergue-se e para alto.... em breve voa .

Recebe-a , por favor ... estou tão cansada.




Traz de volta aquilo que eu te dei .







                                                                   Sarah Moustafa






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