Peito Aberto
Batem asas e ascende uma nova visão
Luz perpétua incinerada dentro da escuridão
Espuma dos dias claros
Abraçadas á noite de silêncio, oceano e rebentação
Ondas imensas rendidas á sua natureza
A beleza da transformação
Pousa o pássaro no ramo que se quebra
Caem as folhas avermelhadas nas raízes da sua estação
Sobe o sangue rubro no corpo pálido sem circulação
Abrem se os olhos extasiados na forma curva de mel e interrogação
Apartam se as nuvens derretidas no céu expandem-se púrpura sobre as minhas mãos
As melenas encaracoladas fundem se na terra
Conhecem se na perfeição
Há uma dor que se acalma no peito aberto
Absorvendo todas as partículas do que se recicla
Sem nunca nada ter de terminar
Há uma dor que ainda existe
Que se descobre na aceitação
Por todas as câmaras secretas que bombeiam no coração.
Dói menos quando amas a tua dor.
Sarah Moustafa
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