Declaração - III
O teu afecto, o meu tecto
Os meus destroços, os teus esforços,
O teu telhado o meu pecado.
Segurança alguém alcança?
Em ti.
Quem dela se Cansa?
Eu.
Procuro-a na mesma, como amansa e torna suave a ponta de uma lança...
Procuro-te por seres tão inseguro como eu, como o finjo não saber, e como isso te torna meu.
A tua janela aberta a minha transgressão liberta.
O teu sonho, o meu pesadelo a realizar.
O meu medo redobrado, o teu grito de coragem conquistado !
O que faço de ti?
O que faço de mim?
O que faço de nós?
O que não faço, neste súbito impulso de um abraço?
E um desejo rendido
E um beijo sucumbido
E um êxtase prometido
Quanta vida cabe no que digo?
A tua ternura, a minha desenvoltura.
A tua certeza, um novo tipo de beleza.
O teu chão, aos pés o meu coração.
Se o pisares fá-lo languidamente
Devagar...
Não devia dizer isto
Mas o que não se diz, quando se ama, sem avisar
Sem nos perguntar se queremos amar?
Sarah Moustafa
Tudo se diz quando se ama alguém,sem espera da troca mútua.
ResponderEliminarbjs amiga Sarah
Carmen Lúcia-mamymilu.blogspot.com