Não sou nada
Conta até dez
E diz -me
Devagar...
Quantas vezes
acabaste rendido aos meus pés ?
Eu não sou nada,
Ainda assim ,
arrastas-te á redenção do altar do meu nome.
Eu não sou nada.
Mal menina, péssima mulher.
Diz-me que pérolas ancestrais
São essas
Com que queres decorar o meu corpo?
Como gostaria de me puder ver
através da perversão dos teus olhos
E julgar-me soberana de um reinado
Que não sei governar !
Mas adormeço uma vez mais neste pântano,
Cada vez mais escuro,
Não tenho medo ou vergonha
Do que é profundo
E tantas vezes sujo...
Não sou nada
Talvez um breve raio de luar
Que te observa quando diz já não te amar
Conta até dez...
Prometo da tua mémoria me apagar
Mas grita ...
Rápido!
Como é a mim desejar ?
Sarah Moustafa
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