Bela .
Levanto -me
Ainda mal aprendi andar
Tento , o meu melhor
Caminho descalça,
Preciso de sentir cada momento na pele
Só o abraço do meu corpo
E o mundo das suas descobertas
me desenlaçam da prisão de ti.
Sei que sou bonita,
e não é a beleza desenhada no meu rosto,
Ou as perfeitas proporções ,
De um mosaico que todos os dias muda e envelhece !
Abro as cortinas , deixo a luz levar-me
Tenho em mim tudo o que procuro
E pensei precisar de encontrar ,
Tenho o amor de milhares de corações
que se expandem num só
Pudera as arritmias e os atrofios !
O sangue fervilha, a paixão é a minha musa
Preciso da corda bamba e o deliro ,
E tudo quanto adiciono á minha história,
é escrito a sangue ,
Bradam temerosos cavaleiros ,
Que empunham espadas ,
em nome da fé e da alma !
Que ganhas-te a batalha
Feriste-me e fiquei não sei quantas estações,
assim derrotada, estendida ...
Desejei tanto que me visses por dentro,
E em silencio os teus olhos confessassem ,
Todos os porquês , todas as longas e profundas reticências
O jogo da advinha, e a arrogância palpável
Do porque me julgas garantida.
Perdi.
Mas esta Guerra nunca foi tua .
Atiras-me para as sombras da Lua.
Aqui , a soberania é minha.
Recupero o meu poder, estou em controle!
Sem precisar de nada dominar.
Ou de infligir em outrem a dor da mágoa que carrego em mim.
Dizem, se queres olhar-te ao espelho entrega-te ao reflexo.
Despe-te .
Sarah Moustafa
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