Um feeling, sabem ?




Um feeling, sabem?
Claro que não.
Claro que não podem saber, entender ou quanto mais perceber esta oitava superior de um mecanismo intuitivo qualquer, que apossa num segundo toda a dimensão que julgas válida de reconhecer.
Não existe validação ou compreensão , é o sentido sublime de uma sensação.
Sabem?
Claro que não. 
Não podem alimentar uma sabedoria de raízes pouco filosóficas, sem qualquer semente plantada que simplesmente sentem, sabe se lá de onde, a crescer.
Ponderei o acaso inexplicável da coincidência inalterável.
Calculei o alinhamento das condições necessárias para que este subjectivo determinante, pudesse eclodir da forma perpetua a uma qualquer lei da atracção. Sabem?
Eu também não.
Não sei como funciona, como discrimina esta ordem de processo e caos em ondas eclípticas, rasgadas num elemento desconhecido, de uma quinta, sexta, etc dimensão.
E não sei se quero saber, alguma vez. 
Os pressupostos, que não são, por terem de ser, supostos.
Acontece o que tem de acontecer , sabem?
Claro que não, a forma trapalhona de passar-se esconde a sapiência de mostrar-se. 
Ninguém nos avisa que existe um filtro num canto interno qualquer que permite trazê lo a superfície.
Ninguém avisa pois ninguém se quer crer da realidade alternativa em que começa a viver.
Mas existe alguém neste percurso convulso que não nos permite adormecer.
Mas existe alguém que chega nesta viagem acima prescrita que traz esta condição de nos forçar a ver.
Mas existe alguém que viola todos os limites e faz-nos querer ser.
Um dado feeling...
Sabem?
Claro que sim.
Sabem, Sempre.

Sarah Moustafa

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