Terra do Sempre.
Não é suposto isto acontecer.
Não é suposto crescer.
Não quero.
Quero ficar assim, pequena, dependente
Sem nada ter que entender.
Não quero ter que saber
Tirem-me esta consciência !
Esta maturação, que me obriga a reconhecer
O desencanto nas pinturas do mundo
Que não são pintadas
São molduras de uma alma desgraçada
Vazia desta responsabilidade inanimada
Que é amadurecer.
Que é amadurecer.
Não é a Terra do Nunca
É a Terra do Sempre, em que quero viver.
A ilha de todas possibilidades
Em que festivais são olhos
incandescentes de familiaridade
A faísca da probabilidade
Improvável a Surpresa
Um vulcão de vontade!
Não.
Não, é suposto isto acontecer.
Esta adulta saudade
Do tempo em que era raiz
Do tempo em que era raiz
Estes limites de casualidade
De vagas e superficialidade
Que nada me diz !
Que nada me diz !
Não quero, deixar de ter
A magia e o pequeno prazer
Quero ser pequena,
Mas continuar GRANDE
Mesmo no dia, que deixarei de o poder ser.
Sou, sempre,
E serei até na atmosfera desvanecer...
E nem essa me poderá esconder!
Sarah Moustafa
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