Cegueira
Os teus olhos são o precipício
para os quais me atiro
e em queda livre habitando
onde não me consegues apagar ,
Eu sei ... o que vês
Eu sei que estou lá.
Nas imagens diluídas
em cores indecifráveis
Pintas-me na tela
desfeita em dúvidas
e excitante criação
Como se fossem os teus olhos
esses teus olhos
A ver
o que outrora foste.
Já não és.
Deixa-me cair ,
Deixa-me continuar a cair
ao mais fundo abismo
onde reténs as trevas
E ser a cegueira dos teus dias
em forma de Luz ...
Para que vejas ,
Para que voltes a ser Tu.
Sarah Moustafa
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