anormal .
não sei de que melodia
se fazem as canções de amor
mas sinto -a ,
invade sem licença a minha garganta
e de repente quero dar-lhe voz,
fujam.
Eu desafino, e o rouxinol não me convida
á graciosidade das manhãs
Mas canto,
invento mais uns poemas ,
costurados de memórias e imaginação
Encolho os ombros
e já estou a filosofar ,
Sobre o sentido e propósito ,
das coisas, porque me apetece
e sabe bem apetecer algo,
quando me sinto esfomeada
não sei bem há quantos anos.
Afinal os meus olhos sempre se esbugalharam ,
de medos e porquês ,
peças incompletas e ferramentas inúteis ,
mas ainda assim ,
aqui me disponho ,
fabulosa
nos braços da anormalidade
tenho um coração doidivanas
e este eterno quebra cabeças
que não sei resolver.
Submissa apenas aos meus próprios pés ,
e eles caminham de passos trocados
seja como for,
e lá vou assobiar ,
de encontro á descoberta
diária de como viver
em verdade ,
eu e a minha música.
eu a minha música.
eu a minha música.
sempre a canta-la sozinha ...
Sarah Moustafa
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