Alvoroço



As vezes as águas
são demasiado profundas
E puxam-me
com os viscerais braços do sentir
para a liquidez dos teus olhos fechados.

E de repente, acordas do pesadelo
E o oceano
onde me afoguei para te ver,
Desaparece no teu corpo ,
tremes , suas encharcado
como se também me abraçasses
com exóticos corais
na transparência do mesmo mar,
quando já não é preciso fingir...

Os olhos estremunhados
abrem-se mas não vês nada
Cai então uma lágrima grossa,
vou dentro dela,
enquanto te despedes,
Lá fora,
Ondas rebentam em fúria,
e eu pretendo não existir,
Não sonhar,
Não dormir...




Sarah Moustafa 







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