Segundos a Séculos , Séculos a Milénios
Do choro copioso
sangrado de lágrimas ,
manchou.se o papel ,
passaram-se anos ,
e das chuvas ácidas alagadas
nas mãos seguras de ternura,
passaram-se séculos
E da distância gélida,
crateras de mágoa
entre Plutão
e todas as fases da lua ,
passaram-se milênios...
Faz-se punhal,
como se faz entrega .
Faz-se cruz ,
como milagre
No regaço dos dias
de ventre florido
cai uma flor
na defunta esperança
enquanto outra desponta
regada de transbordante sentimento.
Dá luz
a cada minuto lúcido ,
avança o ponteiro teimoso
e nasce outro segundo
de sonho .
Sarah Moustafa
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