E x t i n to
Por vezes o chão é ancora , impedimento do naufrágio completo da alma.
Se disse que me deito e adormeço na crispida folhagem de Inverno, que se despe sempre que as pálpebras cerram, digo em murmúrio febril que acalento o fim.
O fim da estação fria e impenetrável , os tombos da vida deixam atrofias no coração e os céus escurecem ainda o dia vai cedo.
As manhãs já nao prometem nada , o Sol nao sorri ,também ele se magoou amputado no roubo da sua felicidade.
O Verão faleceu , os homens mudaram , estamos todos doentes.
Sedentos de calor, sangue e afecto ... essas fontes que secaram nas mãos envelhecidas pelo tempo passado.
É longa a espera, longa demais.
Temo , deitada no chão das minhas visões que as estrelas se apaguem todas.
E sobre eu só neste mundo, sem nenhuma .
Sarah Moustafa
Que maravilha de construção/inspiração no jogo das mudanças das estações.
ResponderEliminarAs estrelas por certo estarão com um sorriso para suas noites, encantadas, com
o poetizar que vem dos teus olhos na virada da estação do brilho e das cores.
Linda semana com paz e alegria.
Abraços.