O pássaro que queria morrer-me nas mãos .
Entre tanto que já passou
e tudo aquilo que falta passar..
O espírito suaviza-se nos recantos da alma
Que já não são medo
Mas pontes corajosas que atravessar !
Se o pássaro me cai ferido nas mãos
Ou a noite fria encosta-se
Furtivamente nas paredes do coração
A cura chega na luz que brota
Quando também abraçamos a escuridão
E aquecemos a dor
mostrando-lhe o embalo de uma nova canção
E as promessas da vontade
Erguem-se em acção!
Tudo floresce
Tudo nasce
Onde também se morre
Onde o milagre acontece
E as águas da imensidão pare
O herói e o vilão
Trocam o beijo da verdade
E a história já não pode ser mesma
Pois não ?
A mentira despede-se com saudade
Da fachada e da ilusão
O pássaro regenera a asa
que nunca esteve partida
Larga-se aos céus
E grita o despertar da fé que estava só
E tanto...Esquecida.
Voa cada vez mais alto dentro de si .
Sarah Moustafa
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