Weirdo.
Os sonhos caem nos dias que não se levantam
As camas entorpecidas que acordam sem despertar
A vida parada no tempo
O espaço demasiado curto
O contra relógio acaba sempre por ganhar
O propósito, o caminho em vida ou falta dele.
Cansaço riscado nas palavras
Gargalhada do diabo
Imagens do oculto sempre a espreitar
A inocência do velho
A sabedoria da criança
O avesso dos passos
O contrário dos supostos
E a linha recta sem os seus pontos para traçar
Um choro sem poesia
O profeta sem mensagem
A musica ausente de melodia
O papel amassado no chão
Os ventos frios arrancam folhas
Prenunciam um nova estação
Falta a novidade
Sempre previsíveis
Na falta de excitação
Não se abre a falha
Não se quebra a regra
Somos nós
Incoerentes
Acreditamos no azar
Nunca na sorte
Não tentamos jogar
Não sabemos o que fazer com que já está feito
E não queremos saber.
Afinal tudo se resume , antes, ao que está desfeito.
A inquietação não quer ser tua amiga
Quer que te faças a estrada que ainda não foi construída.
E como tal muito poucos, vão entender um centésimo que seja do que estou aqui a dizer.
Não faz mal.
Acham que eu sei ?
Sarah Moustafa
Comentários
Enviar um comentário