Um novo tipo de céu
Não sabia que o corpo me pedia,
Alma sedenta de si
No mar revolto de um final e inquieto dia
E o nome suspenso
Na prata de luz das noites que te prometia
A chegada de um amanhã
Que o presente sempre me escondia
E romance arrumado nas prateleiras
Que nunca vendia
Não.
Não sabia que tinha um mundo maior
Que no peito a imensidão cabia
E o medo de perder
E a força de ganhar
Além do que a sina previa
Uma mulher perdida na multidão
Um homem feito da mesma canção
A paz parada no meio da histeria
E a voz da vontade
Erguida na pátria sem geografia
Um momento
E deixamos de ser profecia,
Outros momentos mais...
E deixamos as pegadas
Na história que o tempo queria.
E sol já não nasce.
E o dia já não parte.
Há um todo novo tipo de céu
Pintado da nossa arte.
Sarah Moustafa
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