Diário Dos Arruinados- VIII
Sim é de manhã e depois e se não me apetece levantar, tal como não me apetecia deitar, que mal tem, que dirás tu contra o que faço?
Que problema existe em ser desta forma ociosa e acordar com o que sou?
Inveja direi, que é esse, o problema desta gente!
Sempre tão preocupados com as pressas que nem um orgasmo se atrevem a ter e a saborear como um deleite, que é, da natureza.
Sou a geração imprestável, que nada faz?
Deixa-me ser, deixa-me no meu canto sossegado porque de mal ou menos, farei algo que nunca te atreverás a fazer.
E porquê? Perguntam me em tordos de voz resumindo-se á sociedade cava em que vivemos.
Porque eu penso.
Esta geração, que são ocasiões e manifestações sempre avessa às anteriores, faz o que vos faltou, o que vos passou ao lado e por isso, encontram se na situação em que se encontram, nos sublinhamos no devido exacto direito ao exercício do pensamento.
Que trabalho melhor queres que senão este?
É porque posso estar arruinado, mas antes de o ser, no estado em que vocês mesmos nos catalogam, sou divinamente abençoado!
Sarah Moustafa
A pressa nos tem matado aos poucos e aos lotes, somos impelidos, diariamente, a fazer tudo rápido e prático: somos fast food, ou querem que nos entendamos assim. É mesmo uma lástima.
ResponderEliminarParabéns pelo texto Sarah!
E que mal tem, afinal, sermos quem somos?!?
ResponderEliminarAdorei ler estes diários, espero que tenhas por aí mais páginas para partilhar!
São textos a que não é possível ficar indiferente, parabéns pelo talento enorme e pela sensibilidade ao que se passa, por aí, nas almas!
Beijinhos